Pessoas de 14 países do leste da Europa se encontraram para se conhecer, dialogar e entrar em rede
por Tanino Minuta
O Papa Francisco, encontrando na Sala Paulo VI no Vaticano, em 4 de fevereiro de 2017, um grande grupo internacional, reunido para recordar o início e o desenvolvimento da Economia de Comunhão, tinha enfatizado história e objetivos, precisando que Economia e Comunhão são duas palavras que, embora o pensamento comum as separe, na intuição de Chiara Lubich estão unidas por um escopo bem definido: extinguir a fratura existente entre ricos e pobres, educando as empresas se lembrar sempre dos pobres ao destinar seus lucros. De tal forma, o empresário tem a possibilidade de se tornar um agente de comunhão.
«Instilando na economia a boa semente da comunhão, destes início a uma profunda mudança no modo de ver e de viver a empresa. A empresa pode não destruir a comunhão entre as pessoas, assim como edificá-la, promovê-la. Mediante a vossa vida, vós demonstrais que economia e comunhão se tornam melhores quando uma está ao lado da outra. Melhor a economia, sem dúvida, mas melhor também a comunhão, porque a comunhão espiritual dos corações é ainda mais completa quando se torna comunhão de bens, de talentos e de lucros.».
Empresários e economistas EdC da Rússia, Lituânia, Polônia, República Checa, Eslovênia, Hungria, Romênia, Macedônia, Ucrânia, Bósnia Herzegovina, Bulgária, Croácia, Eslováquia e Sérvia reuniram-se em Bratislava de 9-10 de dezembro de 2017 para um confronto e uma avaliação.
Os participantes se dividiram em três grupos de aprofundamento: pobreza, empresa e cultura e depois, com os seus subsídios comunicados a toda a assembleia, instituíram novas linhas de colaboração entre os países representados. Uma nota comum foi o reconhecimento da significativa experiência histórica do comunismo que, precisamente da economia tinha extraído as suas extratégias de desenvolvimento e de renovação cultural que constitui, na formulação de uma nova teoria econômica, um obstáculo ou um freio.
Através dos grupos, concentrou-se novamente na busca pelo tipo de economia capaz de anular a pobreza, e a solidariedade necessária para realizar a profecia de Chiara Lubich, como o papa Francisco afirmou: “Enquanto a economia ainda produzir uma só vítima, enquanto houver uma única pessoa descartada, a comunhão não se terá realizado, a festa da fraternidade universal não será completa.”
Para alcançar tais objetivos, exatamente na área ex-comunista da Europa Oriental, nasceu a necessidade de criar redes de comunhão, uma plataforma de contínuo diálogo e de assessoramento especializado, explorando os canais virtuais que facilitam, não só a colaboração entre os países presentes, mas consigam conectá-los às realizações internacionais já existentes, que geram comunhão de talentos e projetos, como os HUBs EoC-IIN.
Luigino Bruni, que sobre a profecia de Chiara Lubich fala com competência e é um promotor entusiasta, com a sua experiência de mais de vinte anos, testemunhou que, num mundo globalizado onde as coisas mudam muito rapidamente, para que uma ideia tenha eficácia, é determinante saber permanecer no ritmo do tempo, confiando aos jovens que representam o hoje, não o futuro, as rédias das empresas e de toda iniciativa, apoiando-os e valorizando os talentos demonstrados ou ainda escondidos e, através da transmissão da experiência feita, ajudá-los a ver a vida “com os olhos dos últimos”. Na sua fé, podia-se notar a alegria de ter visto florescer talentos, até mesmo onde não pareciam existir e, em seus colaboradores em vários continentes, com alguns dos quais houve uma conexão direta, viam-se antecipadas e realizadas as esperanças de uma economia a serviço do homem.
Entre todos, um dos ecos, de Antun Matošević da Macedônia: "Sinto uma enorme gratidão por poder participar desse encontro. Como estudei na Universidade Sophia e me especializei em economia, sinto-me motivado e impelido a me doar concretamente em minha região."
Vivo e participativo o diálogo vespertino aberto à cidadania, no qual o professor Bruni soube explicar que as raízes para compreender uma nova economia devem ser buscadas na Bíblia, porque somente através da Escritura é possível desmascarar a idolatria que hoje o consumismo se tornou. Neste processo de desmascaramento desta “nova religião” tem valor, hoje como sempre, os profetas que emprestam a Deus suas vozes para falar e impedem que a religião se torne um comércio. Um sinal que atesta a veracidade de uma profecia é a atenção aos pobres. Não era difícil conectar aquilo que o professor dizia com a ação do papa Francisco.
Uma das reações a este evento concentrado na economia: “Eu nunca tinha pensado que existisse uma ligação entre economia e Sagrada Escritura. No entanto, agora vejo claramente que o agir humano, sendo sempre uma ação que toca a economia, pode se tornar um agir religioso”.
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Veja o vídeo da noite com Luigino Bruni, cujo título era: "Os líderes de hoje, a partir da perspectiva dos profetas antigos" - (Bratislava, 9 de dezembro de 2017)
Veja o vídeo da conferência de Luigino Bruni sobre Economia de Comunhão para a HANUS Fest - (Bratislava, 9 de dezembro de 2017)